QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ, PRECISA SE MEXER
Sucesso de público e crítica, mexendo com as ruas da Barra Funda, em São Paulo, QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ, PRECISA SE MEXER ganhou forma a partir da pesquisa e improvisação sobre o universo de Heiner Müller. As peças do autor alemão, suas […]
Sucesso de público e crítica, mexendo com as ruas da Barra Funda, em São Paulo, QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ, PRECISA SE MEXER ganhou forma a partir da pesquisa e improvisação sobre o universo de Heiner Müller. As peças do autor alemão, suas entrevistas e a intensidade de seu discurso são o elementos que dão o tom do espetáculo.
Acostumada a trabalhar com elencos grandes, é a primeira vez que a Cia. São Jorge de Variedades se apresenta com apenas três atores (Mariana Senne, Marcelo Reis e Patrícia Gifford). Em pouco mais de uma hora de peça, o discurso de Heiner Müller é todo transformado em situações muito próximas do público. A verve do dramaturgo também vira música. Literalmente. A direção musical de Luiz Gayotto transforma algumas partes densas dos textos em imagens sonoras.
Para Georgette Fadel, que assina a quarta direção na Cia, a poesia de Müller encantou todos os integrantes. “A Mariana Senne foi quem nos apresentou o autor quando trouxe a obra Quarteto. A simpatia foi imediata, principalmente por ele ser considerado o herdeiro e interlocutor de Brecht, por quem somos apaixonados”, conta a diretora. A partir disso, a Cia organizou uma “roda de prosa”, com convidados como: Celso Frateschi, Iná Camargo, José Fernando de Azevedo, Lenerson Polonini e o Grupo Oi Nóis Aqui Traveis, entre outros para discutir a obra e estéticas de encenações de Heiner Müller. Em seguida, os atores começaram a criar algumas improvisações sobre o universo do autor.
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INTERVENÇÃO PERMANENTE
A ação de QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ, PRECISA SE MEXER começa nas ruas onde os três atores se encontram e levam o público até o teatro, onde está montada a lúdica e bem elaborada cenografia de Rogério Tarifa, um apartamento, ou melhor, um “aparelho”. “Nossos personagens são verdadeiros revolucionários, que às vezes parecem cômicos, patéticos e até mesmo loucos ou muito lúcidos”, revela Georgette Fadel.
Entre os textos A Missão e HamletMachina e entrevistas com Heiner Müller selecionados para o espetáculo, os atores também garimparam alguns outros autores dando mais força ao texto. Rosa de Luxemburgo, Juliano Garcia Peçanha e o roteiro do longa-metragem O Bandido da Luz Vermelha são alguns exemplos que se mesclam com textos dos próprios atores. Nos últimos dez anos a Cia São Jorge de Variedades vem fazendo encenações e incursões em lugares alternativos: como albergues e a própria rua, absorvendo os personagens do local em suas encenações. Agora, é a vez do mais polêmico dramaturgo da pós-modernidade, o alemão Heiner Müller, ser o centro da pesquisa da São Jorge.
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